Intervenções

Manuela Vaz | 16.ª Sessão da Assembleia de Freguesia da Guarda

 Manuela Vaz - membro suplente do Grupo do Partido Socialista na Assembleia de Freguesia da Guarda

 

Intervenção realizada na 16.ª Sessão da Assembleia de Freguesia da Guarda do mandato autárquico compreendido entre os anos de 2021 e 2025, a 22 de abril de 2025, no período de antes da ordem do dia, nomeadamente no ponto referente aos assuntos de interesse para a Freguesia, para retomar a questão relacionada com os regulamentos aprovados pelo Executivo da Junta, esclarecendo que nunca houve qualquer acusação, mas sim o exercício legítimo da função de fiscalização política, conforme previsto na Lei n.º 75/2013, nomeadamente no artigo 9.º.

 

A intervenção focou-se particularmente na necessidade de esclarecimento sobre o cumprimento das obrigações legais, aquando da aprovação de regulamentos como o de Apoio às Associações da Freguesia da Guarda, o de Apoio à Natalidade, o do Orçamento Participativo e o do Provedor do Bairro. De acordo com o Código do Procedimento Administrativo (CPA), em vigor desde 2015, são exigidas fases formais de participação pública, como a audiência de interessados e a apreciação pública, para garantir a legalidade e transparência dos processos.

 

Manuela Vaz destacou que, apesar de o Executivo ter referido em Sessão anterior que, na atual versão do CPA, esses requisitos são obrigatórios, não foi possível encontrar qualquer registo público que comprove a sua realização no âmbito dos referidos regulamentos.

 

O Grupo do PS sublinhou ainda que sempre participou com responsabilidade na análise do conteúdo dos regulamentos, partindo do princípio de que os procedimentos legais teriam sido devidamente cumpridos. No entanto, e perante a ausência de informação clara e evidenciada, considera legítimo questionar a conformidade desses processos.

 

Foi também feita referência à falta de acesso a documentação que permita à Assembleia compreender de que forma foram atribuídos os apoios a associações — apoios esses que constam das contas apresentadas.

 

O Grupo do PS tem vindo a solicitar, sem sucesso, um modelo ou processo de análise dos pedidos de apoio, para poder exercer de forma efetiva o seu dever de acompanhamento e fiscalização.

 

Manuela Vaz frisou que a transparência não se faz com respostas genéricas como "a Junta não comete ilegalidades", mas sim com explicações fundamentadas, acompanhadas de evidências concretas. Recordou ainda que a prestação de contas públicas deve ser acompanhada de esclarecimentos claros e espaço para contraditório, de forma a dignificar os processos democráticos.

 

A intervenção terminou com uma reafirmação do compromisso do Grupo do Partido Socialista em exercer com responsabilidade e lealdade o mandato que lhes foi confiado pelos Guardenses, sublinhando que o respeito pela legalidade, pela transparência e pela boa governação deve ser garantido em todas as fases da atuação do poder local.

 

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