• Manuela Vaz - membro suplente do Grupo do Partido Socialista na Assembleia de Freguesia da Guarda •
Intervenção realizada na 16.ª Sessão da Assembleia de Freguesia da Guarda do mandato autárquico compreendido entre os anos de 2021 e 2025, a 22 de abril de 2025, no período da ordem do dia, nomeadamente no ponto referente à ratificação do protocolo de colaboração didático-pedagógico com o Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque, para
congratular a iniciativa, considerando que ela está alinhada com as aspirações do GPS AFG no que diz respeito à intervenção da Junta de Freguesia junto da população infantil, focando-se na inteligência emocional como uma forma de prevenção de comportamentos violentos.
Manuela Vaz destacou que estudos atuais comprovam que jovens que desenvolvem competência de autocontrolo emocional apresentam melhores resultados escolares, têm melhores relações interpessoais com os colegas e a comunidade escolar, e estão menos envolvidos em comportamentos nocivos, como agressividade, bullying e dependências. Defendeu que a inteligência emocional, que envolve a capacidade de monitorizar e compreender as próprias emoções e as dos outros, é uma competência que pode ser desenvolvida através de investimento na formação dos jovens.
A interveniente sublinhou que nem todas as famílias estão preparadas para capacitar os seus filhos em termos de inteligência emocional, e que, por isso, esta questão precisa de uma intervenção da Junta de Freguesia, apelando a programas que possam ajudar na prevenção de situações problemáticas entre os jovens. Além disso, enfatizou que é importante que esses programas incluam também as vítimas e suas famílias, e que os jovens com comportamentos desajustados também necessitam de apoio para melhorar a sua integração na sociedade.
Apesar de apoiar a proposta, Manuela Vaz levantou algumas questões ao Executivo, relacionadas com o protocolo apresentado. Questionou a razão pela qual apenas um dos dois Agrupamentos de Escolas da área foi escolhido para implementar a iniciativa, pedindo esclarecimentos sobre o critério de seleção. Além disso, indagou sobre a origem da iniciativa do protocolo, uma vez que essa informação é fundamental para entender o desenho final da proposta.
A deputada também questionou por que razão foram selecionadas apenas as crianças do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo, sugerindo que seria relevante incluir outras faixas etárias. Pediu explicações claras e transparentes sobre as aparentes disparidades de escolha, com a expectativa de que estas decisões estejam fundamentadas em razões de interesse público, que serão compreendidas pelos fregueses após a devida explicação.