• Carlos Martins - membro efetivo do Grupo do Partido Socialista na Assembleia de Freguesia da Guarda •
Intervenção realizada na 17.ª Sessão da Assembleia de Freguesia da Guarda do mandato autárquico compreendido entre os anos de 2021 e 2025, a 30 de junho de 2025, no período de antes da ordem do dia, nomeadamente no ponto referente aos assuntos de interesse para a Freguesia, para apresentar as suas conclusões e observações políticas acerca do mandato autárquico 2021–2025.
Carlos Martins começou por referir que o encerramento de um ciclo é momento propício à reflexão e à avaliação, sublinhando, no entanto, que esse exercício deve ocorrer de forma contínua, ao longo do mandato, para que eventuais correções possam ser feitas atempadamente.
Considerou que esse tem sido, de forma coerente, o papel desempenhado pelo Grupo do Partido Socialista na Assembleia de Freguesia.
O orador destacou que, ao longo da legislatura, procurou representar as preocupações das populações e das organizações da Freguesia, transmitindo-as no seio deste órgão deliberativo. Contudo, lamentou que, por diversas vezes, a ausência de resposta por parte do Executivo tenha gerado frustração e preocupação.
A título de exemplo, relatou ter alertado, em sessão anterior, para a situação de perigo iminente causada por um poste de iluminação em risco de queda, junto à escola da Guarda-Gare, zona frequentada por crianças. A resposta do Executivo, de que o poste seria da responsabilidade da EDP e que se limitariam a sinalizar a zona com fita, foi considerada insuficiente. O membro do GPS AFG entendeu que deveria ter sido assegurada uma intervenção imediata, ainda que provisória, que garantisse a segurança dos utilizadores daquele espaço.
Referiu ainda a situação do Parque Infantil da Guarda-Gare, cuja degradação, reportada em Assembleia, não mereceu intervenção atempada, vindo a originar uma coima aplicada pela ASAE à Câmara Municipal da Guarda. Sublinhou que este é um exemplo concreto de como a inação pode ter custos, financeiros e de confiança, para a administração local.
Através destes casos, o GPS AFG considerou que o Executivo revelou uma atitude excessivamente passiva e, por vezes, nem sequer reativa. Apontou ainda a ausência de visão estratégica como um problema transversal, ilustrado pelo investimento em diversos fornos comunitários sem que existisse um plano de dinamização prévio, tendo alguns destes equipamentos permanecido encerrados e sem utilização.
Na sua análise, esta falta de dinamismo poderá estar relacionada com a permanência prolongada dos titulares do executivo nos cargos, o que, na sua opinião, tende a resultar num desgaste de ideias e de motivação.
Apesar das críticas, Carlos Martins reconheceu que nem tudo foi negativo ao longo do mandato, referindo que houve medidas e ações bem executadas. No entanto, reiterou a sua convicção de que se poderia ter feito muito mais.
Aproveitou ainda a ocasião para fazer um balanço da sua participação pessoal, referindo que sempre pautou a sua atuação pelo rigor, seriedade e defesa dos interesses dos fregueses, valores que regem a atuação do Grupo do Partido Socialista.
Concluiu a sua intervenção com um agradecimento a todos os intervenientes nas sessões da Assembleia, nomeadamente ao Presidente da Junta e executivo, Presidente da Assembleia e Mesa, Grupos Parlamentares, trabalhadores da Freguesia e cidadãos, por lhe terem proporcionado um percurso de crescimento pessoal e político, deixando votos de sucesso a todos.