Na quinta Sessão da Assembleia de Freguesia da Guarda do presente mandato autárquico, decorrida no passado dia 30 de junho, o Grupo do Partido Socialista na Assembleia de Freguesia da Guarda (GPS AFG) teve a oportunidade de manifestar a sua preocupação com a existência de sucessivos constrangimentos no serviço de transportes públicos urbanos (STPU) da Guarda, causadores de inúmeros inconvenientes a todos os seus utilizadores diários.
A intervenção, protagonizada pelo membro efetivo do GPS AFG, Daniel Santos, classificou a situação em que se encontra o STPU enquanto um autêntico imbróglio, pois, decorrido um ano e meio desde que o contrato foi assinado, de um total de 5 anos, o mesmo tornou-se praticamente ineficaz face às necessidades da prestação deste serviço aos Guardenses.
Desde o concurso internacional lançado pela Câmara Municipal da Guarda, à contestação dos seus resultados no Tribunal Administrativo, por uma das empresas concorrentes, e à decisão daquele Tribunal em rejeitar a escolha do Município, passando pelo recurso depois interposto pela Câmara Municipal sobre a aquela decisão da justiça, recorrendo ao Tribunal Central, e por nova rejeição da decisão da Câmara, a situação claudicou por muito tempo, com muitos imbróglios, e, acima de tudo, com pouco serviço público.
O GPS AFG considera que ao longo deste tempo sofreram os Guardenses, que se viram, desde então e até hoje, obrigados a utilizar um serviço de transportes públicos urbanos “atamancado”, com atrasos nos horários, com maus horários, com horários suprimidos sem aviso prévio, com autocarros sem as condições adequadas a este tipo de serviço.
E como se não bastasse, com custos para os cofres do Município muito superiores aos que decorreriam daquele procedimento, o que leva a concluir o GPS AFG que a Guarda e os seus cidadãos, ao longo de todo este tempo, tiveram pior serviço público de transportes, e pagaram muito mais por ele.
Mas antevendo-se o fim desta novela, com o recente visto do Tribunal de Contas, em outubro ou novembro próximos, o GPS AFG aproveitou a oportunidade para assumir, junto do executivo da Freguesia, a necessidade de que esta adquira uma voz mais exigente e participativa na resolução dos vários constrangimentos que diariamente e facilmente são detetados no STPU da Guarda, que vão desde atrasos nos horários, maus horários dos circuitos em vigor, horários suprimidos sem aviso prévio, ausência ou falta de manutenção dos abrigos, entre outros.
Embora a competência deste assunto, legalmente compita ao Município da Guarda, o GPS considera que a Junta de Freguesia pode e deve ser mais interventiva sobre este assunto, muito para além do que tem feito, resignando-se à situação em questão e limitando-se a assistir na bancada a todos estes imbróglios.
Assim, o GPS AFG defendeu que a Junta de Freguesia:
Assim, o Grupo do Partido Socialista na Assembleia de Freguesia da Guarda aproveitou o momento para solicitar ao executivo da Junta de Freguesia que informasse quais as diligências tomadas sobre esta temática, nomeadamente junto da Câmara Municipal, clamando por uma postura mais ativa, mais reativa, mais colaborante e, acima de tudo, mais eficaz na resolução e melhoria da prestação do serviço de transportes públicos urbanos da Guarda, de acordo com as necessidades e direitos de todos os Guardenses.
Porque a Guarda e as suas gentes merecem mais, muito mais.
E a Junta de Freguesia pode e deve sempre pugnar por mais.