O Grupo do Partido Socialista na Assembleia de Freguesia da Guarda (GPS AFG) promoveu, a 12 de abril de 2024, a quarta edição da iniciativa “Ouvir a Guarda”.
O evento, cuja organização esteve a cargo de Carmo Santos e Cremilda Almeida do GPS AFG, aconteceu no Arquivo Distrital da Guarda e colocou em debate os cinquenta anos da Liberdade na Guarda e no país, proporcionando uma oportunidade para todos os mais de meia centena de cidadãos presentes fazerem uso da sua voz e contribuírem para pensar, analisar, partilhar opiniões, questões e perspetivar o futuro dos valores da Democracia, Igualdade e Liberdade.
O espaço não foi escolhido por acaso, pois era no Arquivo Distrital que o antigo quartel do Regimento de Infantaria 12 (RI12) se encontrava sedeado, sendo o mesmo local onde o capitão Augusto Monteiro Valente comandou uma companhia para fazer a defesa da fronteira em Vilar Formoso e a partir do qual deu ordem de prisão às patentes mais altas, que na altura comandavam os militares sediados no quartel militar da Guarda do RI12.
O debate decorreu sob a moderação de Fidélia Pissarra (membro do GPS AFG), e contou com a participação de António Barbosa (ex-Militar no Regimento de Infantaria 12 da Guarda a 25 de abril de 1974), de Manuel Cardoso (ex-exilado político), e de Felisberto Reigado (Professor Universitário e ex-exilado político), que, em conjunto, recordaram o período anterior e posterior à Revolução dos Cravos, em Portugal e na Guarda, bem como contribuíram para analisar o momento atual do regime democrático nacional, pensando e debatendo os desafios do nosso tempo e evocando os valores de abril.
A este debate juntaram-se o ex-Presidente da Câmara Municipal da Guarda, Abílio Curto, o Presidente da Concelhia da Guarda da Juventude Socialista, João Vaz, a Vice-Presidente da Concelhia da Guarda do Partido Socialista, Marisa Fonseca, e o Presidente da Federação Distrital da Guarda do Partido Socialista, Alexandre Lote.
A edição contou ainda com um momento musical protagonizado por Rui Pedro Dias, que proporcionou a todos os presentes a possibilidade de ouvir e entoar várias peças musicais associadas à resistência contra a ditadura e ao 25 de abril, finalizando o momento com a entoação unanime da “Grândola Vila Morena”, de José Afonso.
O GPS AFG promoverá ao longo do atual mandato autárquico mais edições desta iniciativa, convidando os cidadãos a participar na discussão, planeamento e contribuição para a definição de propostas e reivindicações sobre assuntos que influenciam o dia-a-dia da Guarda e que são fundamentais para a construção do futuro de todos os Guardenses.
Este ciclo de eventos pretende criar espaços de debate, abertos à população, sobre determinados temas e assuntos de interesse para os Guardenses, procurando proporcionar boas conversas, análises, debates e recolha de informações que habilitem o trabalho do Grupo no desempenho das suas funções, decorrendo, todas as edições, de forma absolutamente aberta à participação de todos os cidadãos, em diferentes espaços da nossa Freguesia.
O balanço é extremamente positivo, tendo sido atingidos e superados todos os objetivos traçados para esta edição.
Já no próximo dia 24 de abril, a evocação dos 50 anos de abril pelo GPS AFG continuam com a plantação de cravos junto à placa de homenagem do Município da Guarda que assinala os 37 anos da carga policial sobre apoiantes do General Humberto Delgado, no Jardim José de Lemos, pelo terceiro ano consecutivo.
No 50.º aniversário da Revolução, serão plantados 50 cravos a assinalar a madrugada da liberdade, pelas 22 horas e 55 minutos do dia 24 de abril de 2024, altura em que em 1974 se fez ouvir "E Depois do Adeus" de Paulo de Carvalho, enquanto primeira senha do arranque do Movimento das Forças Armadas que libertou o país de 48 anos de ditadura.