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40 propostas apresentadas, apenas 4 propostas acolhidas — uma Junta de Freguesia que insiste em ignorar soluções

Na 16.ª Sessão da Assembleia de Freguesia da Guarda, realizada no dia 22 de abril de 2025, Carlos Martins, membro efetivo do Grupo do Partido Socialista, voltou a denunciar a falta de abertura do Executivo da Junta de Freguesia à cooperação e ao acolhimento de propostas construtivas.

 

Ao longo do presente mandato, o Grupo do Partido Socialista (PS) tem vindo a desempenhar o seu papel com seriedade, espírito propositivo e sentido de responsabilidade. Foram apresentadas, até ao momento, 40 propostas concretas, pensadas para melhorar significativamente a qualidade de vida dos residentes, apoiar o tecido associativo local e promover um desenvolvimento mais inclusivo e participativo na Freguesia da Guarda.

 

Contudo, desses 40 contributos, apenas 4 propostas foram acolhidas pelo Executivo — e, ainda assim, com um alcance limitado. Importa frisar que duas dessas propostas referem-se ao mesmo tema, o que evidencia uma postura de resistência sistemática à colaboração por parte da Junta de Freguesia.

 

As quatro propostas aceites foram:

  1. Controlo da água nos fontanários públicos da freguesia, através de uma parceria com a Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda e com o Instituto Politécnico da Guarda;

  2. Publicitação dos resultados e periodicidade das análises realizadas à água dos fontanários públicos da freguesia;

  3. Criação da comissão permanente da Assembleia de Freguesia;

  4. Transmissão online das sessões da Assembleia de Freguesia.

 

Estas medidas, apesar de relevantes, representam apenas uma pequena fração das ideias apresentadas pelo PS e não refletem a totalidade do potencial de transformação e modernização que poderia estar ao serviço dos cidadãos.

 

Restam, por isso, 36 propostas arquivadas — esquecidas numa gaveta, ignoradas por quem tem o dever de governar para todos os fregueses. Propostas essas que, caso fossem consideradas, iriam seguramente trazer melhorias concretas à vida quotidiana na freguesia.

 

Entre essas propostas ignoradas, destacam-se:

  1. Criação de um kit de boas-vindas para novos residentes, promovendo a integração e valorizando o acolhimento na comunidade;

  2. Gabinete de apoio ao associativismo, reforçando a importância das associações locais como motores da coesão social;

  3. Requalificação do espaço comunitário da Póvoa do Mileu, respondendo às necessidades de convívio, cultura e lazer da população;

  4. Conselho consultivo da freguesia, como estrutura participativa e de escuta ativa dos cidadãos;

  5. Gabinete de apoio à candidatura a fundos comunitários, essencial para captar investimento externo e dinamizar projetos locais;

  6. Transporte solidário, garantindo mobilidade a quem mais precisa;

  7. Programa de identificação e eliminação de barreiras arquitetónicas, promovendo acessibilidade universal;

  8. Valorização do comércio local, dinamizando a economia de proximidade;

  9. Fórum dos bairros, para dar voz às diferentes zonas da freguesia e promover decisões mais próximas dos cidadãos;

  10. Descentralização das sessões da Assembleia, permitindo a sua realização nas sedes das associações e aproximando os eleitos da comunidade.

 

Estas dez propostas são apenas uma amostra representativa do conjunto de ideias rejeitadas. Em qualquer Junta de Freguesia proativa, dinâmica e comprometida com os interesses da população, estas iniciativas seriam consideradas naturais, viáveis e necessárias.

 

A rejeição sistemática das propostas do Grupo do Partido Socialista não se deve à sua falta de mérito, mas sim à falta de vontade política por parte do Executivo. Tal atitude compromete o pluralismo democrático e o bom funcionamento da governação local. As propostas não são apenas sugestões partidárias; são contributos válidos para o bem comum, construídos com base em escuta ativa, diálogo com os cidadãos e conhecimento das necessidades locais.

 

A atuação do PS na Assembleia de Freguesia tem sido coerente e orientada por uma missão clara: melhorar a qualidade de vida na Freguesia da Guarda, fomentar a participação cívica e promover um desenvolvimento inclusivo e sustentável.

 

O grupo lamenta profundamente que, apesar da sua postura construtiva, a maioria das suas propostas continue a ser ignorada. Esta recusa constante em considerar alternativas revela um Executivo fechado, pouco ambicioso e alheio às reais necessidades da comunidade.

 

O futuro da Freguesia da Guarda exige mais ambição, mais abertura ao diálogo e mais compromisso com os interesses dos cidadãos. Enquanto isso não acontecer, o Partido Socialista continuará, com firmeza e responsabilidade, a apresentar soluções, a defender os interesses da população e a lutar por uma freguesia mais justa, dinâmica e participativa.

 

PUBLICADO A 23 DE MAIO DE 2025