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Conclusões e observações políticas de Fábio Pinto acerca do mandato autárquico 2021-2025 na Freguesia da Guarda

A 30 de junho de 2025, no ponto referente a assuntos de interesse para a Freguesia do período de antes da ordem do dia da 17.ª Sessão da Assembleia de Freguesia da Guarda, Fábio Pinto, membro efetivo e Coordenador do Grupo do Partido Socialista na Assembleia de Freguesia da Guarda (GPS AFG), apresentou uma intervenção política de balanço sobre o mandato autárquico 2021-2025, procurando partilhar as suas conclusões e observações relativamente à atividade da Junta de Freguesia e à dinâmica da Assembleia ao longo do atual ciclo.

 

Na sua intervenção, começou por reconhecer que o mandato se aproxima do fim e que o momento exige responsabilidade, rigor e sentido democrático na apresentação de uma leitura política do caminho trilhado. Sublinhou que os quatro anos foram marcados por desafios, mas também por propostas concretas, compromisso político e um forte trabalho de proximidade com a comunidade.

 

Fábio Pinto afirmou que o Grupo do Partido Socialista se distinguiu como uma voz ativa, atenta e propositiva, apresentando ao longo do mandato mais de quatro dezenas de propostas, assentes na pertinência, no realismo e na responsabilidade. Destacou o facto de essas propostas terem sido sustentadas por um coletivo plural e coeso, composto por 14 vozes distintas, que participaram ativamente nas 17 sessões ordinárias e extraordinárias da Assembleia de Freguesia, totalizando perto de uma centena de intervenções políticas.

 

Realçou que a intervenção política do Grupo do PS não se esgotou nas sessões da Assembleia, mas esteve ancorada no trabalho de terreno, na auscultação direta da população e no contacto com os diferentes bairros e localidades da freguesia. Exemplificou com as caminhadas “Caminhar em Proximidade”, onde foram identificados diversos problemas concretos, desde passeios degradados a falhas na sinalização e manutenção do espaço público. Essa proximidade deu legitimidade e conteúdo às intervenções do grupo, ancoradas num conhecimento direto da realidade.

 

Fábio Pinto reforçou a exigência como traço distintivo da atuação do Grupo do PS, evidenciada desde cedo através da crítica à lógica acomodada de gestão executiva, limitada à rotina, sem visão nem inovação. Defendeu um novo paradigma de governação para a freguesia, com mais planeamento, mais capacidade de resposta e mais ambição. Lamentou que, apesar das insistências, muitas das mudanças estruturais desejadas continuem por concretizar.

 

Assinalou a postura firme e coerente do grupo na análise das execuções orçamentais, nos momentos de prestação de contas e na avaliação dos instrumentos de planeamento. Recordou que o PS votou contra quando entendeu que era esse o dever, mas também viabilizou e votou a favor quando reconheceu valor ou quando o benefício da dúvida se impunha – sempre com sentido de responsabilidade e com o interesse coletivo em primeiro plano.

 

A intervenção abordou ainda os regulamentos da freguesia, com destaque para o Regulamento de Apoio às Associações, o Orçamento Participativo, os Provedores de Bairro e o Apoio à Natalidade, matérias sobre as quais o grupo tem vindo a levantar dúvidas, que foram entretanto parcialmente confirmadas pelos pareceres técnicos recentemente apresentados. Fábio Pinto sublinhou que esses pareceres confirmam a justeza dos alertas feitos pelo PS e apontam para a necessidade de revisão, clarificação e correção dos instrumentos em vigor. Lamentou, por isso, a ausência de abertura ao diálogo demonstrada pelo executivo nesta matéria específica.

 

Referiu que, ao longo do mandato, foram promovidas várias iniciativas que reforçaram o contacto direto com a população, nomeadamente as Jornadas de Proximidade, realizadas em seis edições consecutivas, e o ciclo “Ouvir a Guarda”, promovido em cinco ocasiões, aberto à participação da comunidade e centrado em temas relevantes como saúde, ambiente, mobilidade, segurança, bem-estar e cidadania. Estas ações reforçaram o compromisso do PS com uma freguesia participada, democrática e aberta à sociedade civil.

 

Sublinhou também a presença ativa do Grupo do PS nos momentos simbólicos da comunidade, destacando a celebração do 25 de Abril e a participação em múltiplas iniciativas culturais, comunitárias e associativas promovidas no território da Freguesia da Guarda.

 

Fábio Pinto reiterou que o GPS AFG nunca se limitou à crítica. Pelo contrário, apresentou alternativas, propôs soluções e manteve uma postura exigente consigo próprio antes de o ser com os outros. Defendeu mais transparência nos apoios, maior proximidade com as coletividades e mais eficiência na gestão das competências descentralizadas, designadamente nas áreas da limpeza urbana, manutenção de vias e gestão de equipamentos.

 

Reconheceu que houve momentos de desilusão, mas também de alento; que houve inconformismo, mas também orgulho no trabalho desenvolvido. Sublinhou que o balanço que apresentou não representa um fim, mas sim um novo ponto de partida para continuar a servir, com dedicação e ambição, a Freguesia da Guarda.

 

Fábio Pinto concluiu a sua intervenção com palavras de reconhecimento e agradecimento ao Presidente da Assembleia e à respetiva Mesa, a todos os eleitos, independentemente da cor partidária, pela elevação institucional e pelo respeito mútuo com que contribuíram para a dignificação da vida democrática local. Saudou ainda o Presidente da Junta, João Prata, reconhecendo o seu percurso de 24 anos de serviço público autárquico, bem como os trabalhadores da Junta e, em especial, todos os Guardenses – homens, mulheres, jovens e idosos – que diariamente constroem a comunidade.

 

Encerrou com a reafirmação do compromisso do Grupo do Partido Socialista com a Freguesia da Guarda e com o seu futuro, defendendo que esse futuro se constrói com trabalho, com ideias e com coragem – os mesmos valores que nortearam a atuação do Grupo ao longo deste mandato e que continuarão a guiar a sua intervenção política.

 

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PUBLICADO A 08 DE AGOSTO DE 2025